Novo álbum “Canto y Semilla”

Em “Canto y semilla”, Marta abraça a música de raiz e a canção de autor. “Neste trabalho florescem canções artesãs: histórias e melodias de quando apenas havia terra e um lar forjado no silêncio dos campos. Nas minhas canções rodopiam lascas, poeira de luzes e sombras, memórias prateadas e caminhos curtidos”.

Para este disco inspirou-se em paisagens locais e de outras latitudes e, neste trabalho, misturam-se muitas influências musicais. A maioria bebe da música ibérica, canária e latinoamericana. Importa também destacar que, em duas das canções, contou com a colaboração de dois artistas internacionais: casos da argentina Nadia Szachniuk (www.nadiaszachniuk.com) e do italiano residente em Espanha, Alessio Arena (www.alessioarena.com).

Marta Solís carrega, na sua voz, um caldeirão onde se fundem as suas origens e aprendizagens. Conserva, por um lado, uma forte raiz ibérica, que a segura às regiões de Castela e Extremadura. Os seus cantos antigos são os seus cantos internos. Por outro lado, a América Latina e as suas irresistíveis cadências, fundidas na história das Ilhas, têm cada vez mais presença nas suas composições e na sua inspiração.

O minucioso trabalho de produção musical e arranjos foi levado a cabo por Mon Cabrera. Preparou a terra com cuidado e escolheu as melhores sementes, entrelaçando magia e som de forma meticulosa.

Marta Solís recebeu vários prémios nacionais e internacionais enquanto compositora e intérprete. Vencedora do Festival de Benidorm (2002), do Billboard Song Contest na categoria «Latin» (2004), vencedora no Workshop de composição da SGAE (2005), premiada em Abril para Vivir (2016) e vencedora em Cantando a la Rivera de Gata (2019)—. Conta com três discos (LP) publicados: “Promesa” (2001), “Sin límites” (2013) e “Nido” (2017); para além de um EP gravado ao vivo, “La llama en la distancia se apaga” (2018).

Desde 2013 que conta, em quase todos os seus projetos, com Mon Cabrera, arranjador e guitarrista do panorama musical canário. Foram crescendo como equipa, em conjunto com outros profissionais que a acompanham e com quem viajaram pelas Ilhas Canárias, restante Espanha, Marrocos, Colômbia e Finlândia.

Outras linguagens.

O trabalho de “Canto y semilla” complementa-se com o desenvolvimento de um trabalho visual pela vencedora de 2020 do The Journey, prémio nacional de fotografia. “Tenho sorte por o olhar de Elena Sol abraçar estas canções. “Tierras negras” é um trabalho de investigação e uma exposição surgida do processo criativo que desenvolvemos.

Elena Sol (www.elenasol.com) realiza um trabalho pessoal totalmente em consonância com o espírito deste disco, dado que o tema central da sua fotografia reflete sobre a difícil conexão entre a natureza e o ser humano na civilização atual. Para ocasiões especiais e lugares encantadores, está disponível esta exposição física onde Elena desenvolve a sua visão particular, circulando no limite entre o poético e o quotidiano.

Formam esta coleção imagens do seu arquivo e de alguns dos seus últimos projetos, recontextualizadas com fotografias realizadas exprofeso para este trabalho musical.